no silêncio da madrugada
uma borboleta soluça
em meu ombro esquerdo
quase imperceptivelmente
ao virar a cabeça
percebo trêmulo movimento
de sua asas amarelas
e de suas tênues antenas
brancas em movimento
pode morrer qualquer momento
tamanha sua fragilidade
não sei o que fazer
a não ser lembrar
do ar limpo e transparente
cheio de cheiros e sons
do boulevard saintgermain
na tarde fresca de primavera
quando me vêm ao mesmotempo
vontades de sorrir e chorar
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