Saturday, September 24, 2011

no silêncio da madrugada
uma borboleta soluça
em meu ombro esquerdo
quase imperceptivelmente

ao virar a cabeça
percebo trêmulo movimento
de sua asas amarelas
e de suas tênues antenas
brancas em movimento

pode morrer qualquer momento
tamanha sua fragilidade
não sei o que fazer
a não ser lembrar
do ar limpo e transparente
cheio de cheiros e sons
do boulevard saintgermain
na tarde fresca de primavera

quando me vêm ao mesmotempo
vontades de sorrir e chorar

Friday, September 16, 2011

estou voltando a ser

o que nunca fui

Thursday, September 08, 2011

sol é luz
luz é som
calor que volta
mar azul

vale a pena?

Friday, September 02, 2011

eu conquistei essa dor

ostento-a com força

rolo pelo chão

com vontade de chorar

esta voz que escuto não é minha

suporto-a porque assim determina

meu desejo onipotente

alimento minha dor

com absoluta coragem


não posso desistir