carrego a cabeça
que petrifica
sobre os ombros
o olhar que mata
a língua que fere
na rua quem me olha
transforma-se com dor
sorrio com ternura
não adianta
sofro e sofrem
assistem televisão
operam computadores
descobrem a verdade
enterrei a cabeça
ao entardecer sob a a chuva
mas o sol secou a terra
a cabeça aparece
e continua matando
mesmo semi-coberta
de folhas de papel
garatujas de poemas
não posso evita a dor
dos outros e a minha
involuntariamente petrifico
não há psicanálise que dê jeito...
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